terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Mulheres evangélicas se separam mais

Nestes, eu fico sabendo da quantidade crescente de mulheres que se separam de seus maridos por motivos injustificáveis perante a Bíblia. Pelo que minha mulher disse, o único motivo bíblico que justificaria o divórcio seria o adultério (não sei se ela diz isso para me intimidar).
O que chama a atenção nesses “divórciosevangélicos” que eu tenho observado não é apenas a ausência de adultério, é o fato de os maridos serem muito bons. “Bons” quer dizer que são não só fiéis às esposas, mas também: religiosos, “família”, bons pais, responsáveis, presentes em casa, não-mulherengos, não-cachaceiros, não-jogadores, não-pescadores, não-futeboleiros, trabalhadores, cujo dinheiro fica inteiro com as famílias, e o que é “pior”: adoram as esposas e não queriam separar-se de jeito nenhum. Qual, então, é o “defeito” deles?
É um só: serem “bonzinhos demais”, “crentes demais”, “pouco macho demais”.
Quando essas mulheres se casaram, esse tipo de homem parecia ideal, pois eram moralistas e homens de igreja, tudo que elas queriam, pois foram criadas dentro da igreja. O problema é que, com o tempo, parece que a “parte animal” delas fala mais forte e elas começam a se desanimar de seu homem bonzinho; passam a sonhar com um “macho com mais testosterona”, um homem mais ativo, mais “pegador”, mais sexual, mais “violento” (não no sentido agressivo), mais cheio de energia, menos “acomodado” – esta última é a palavra que elas mais gostam de chamar seus maridos, dentre os quais, aliás, eu me encontro.
Elas dizem (ou pensam) deles: “Ele é acomodado demais”, “ele não quer progredir”, “ele parou de estudar”, “ele acomodou e eu continuei”, “eu tenho ambição”, “eu estou insatisfeita sempre”, "eu ganho mais que ele”, “ele é muito morno”, etc; “cansei de vê-lo deitado no sofá assistindo TV”. Então, nesta hora, com este grau de insatisfação, elas dizem “que não tem mais jeito”, sem levar em conta os preceitos bíblicos e sem levar em conta que foram elas que escolheram casar com um homem daquele jeito. Eles não mudaram, foram elas que e cansaram deles, cansaram do comodismo, da mesmice, do “marido-sem-assunto”, do “marido-sem-sal”.
O problema é que ninguém questiona este comportamento delas. Em inúmeras pregações que eu já ouvi, nunca vi referências, nem diretas nem indiretas, a esse estado de coisas. É claro que há interesse das igrejas em não radicalizar para não perder fiéis. Mas também há frouxidão de muitos pastores, aqueles que, como os maridos abandonados, só ficam “babando” por elas, só ficam “levantando a bola” delas. São daquele tipo de “pastor chorão” que falta ajoelhar nos pés delas no “dia internacional da mulher”. Vi igrejas que comemoram o mês de maio todinho, como o “o mês internacional da mulher”. Não falam uma palavra sobre essas mulheres que abandonam os maridos para irem curtir a “nova vida de adolescente”, “curtir a noite”, abandonar filhos e lar em busca de “carreira”, glamour, viagens, prazer, congressos, etc (esses dias vi um tal de “encontro de Déboras”, “mulheres que oram por seus filhos e seus maridos”; só que elas largam os maridos e os filhos para ir viajar e participar de um congresso só delas… justifica-se porque elas os abandonam para ir “orar por eles”) . Na verdade, quando não é só por interesse proselitista, os tais líderes religiosos adotam esta postura porque são iguaizinhos aos maridos traídos: “bonzinhos demais”, “fraquinhos demais”, “dependentes demais”, “babões demais”. Aliás, a nossa geração atual parece ser aquela dos homens “fraquinhos”.
Estes homens fraquinhos, “dependentes”, submissos, mas “babões”, são ótimos “amiguinhos” para as mulheres, mas não lhes servem para a “cama” ( fazem aquele estilo “migucha” aqueles amigos gays que as mulheres adoram ter). A “submissão” e a fraqueza deles tira-lhes o tesão, anula-lhes a libido máscula.
Apesar de não serem criticadas nem interpeladas, muitas abandonam as igrejas, premidas pela própria consciência. Ficam um tempo “curtindo a vida”, “saindo na night”, “namorando” (que é o atual nome para “fornicar” – este é o nome bíblico –, transar sem compromisso ou responsabilidade mútua), até que encontram um pastor ou uma igreja mais permissiva ainda, daqueles que conseguem aplacar suas consciências. É assim que fiquei sabendo até que um pastor, separado da mulher (este, ao que parece, era mulherengo), havia montado uma “igreja das separadas” – assim como já parece existir a “igreja dos gays”. Para cada segmento há, hoje, uma igreja específica. Não há julgamento moral nenhum nisto, nenhum preconceito, é apenas uma constatação. Constatação que eu faço porque fui escolher, para casar, entre as mulheres evangélicas justamente porque as achei as mais confiáveis – sabia que estava seguro contra traição (o grande medo dos homens) e contra mulheres-que-não-toleram-homens-custosos. Não que eu seja ou que eu fosse mulherengo, cachaceiro, etc, mas minha neurose – e mesmo psicose – afora a rabugice e a agressividade (só mental, não física ) não são fáceis para nenhuma mulher agüentar.

Conheci algumas espíritas e, achando-as pouco humildes e pouco “aguentadoras-de-homens-custosos”, não quis – eram muito intelectualizadas, pra-frente, daí não estavam dispostas a agüentar a vida insossa e sacrificada que proporciono para minha mulher; depois achei algumas católicas, que também não tinham muito “temor de Deus” (naquele tempo as evangélicas eram as que tinham mais “temor de Deus”, uma vez que, para muitos, o catolicismo é apenas um rótulo, uma fachada.





Fonte--------------------- The Christ