Cenas da prática conhecida como “cair no espírito” circulam abundantes na internet e já foram motivo de diversas polêmicas, como a reportagem da TV Record sobre o assunto, ou a discussão no próprio meio evangélico a respeito do tema, em que questiona-se a legitimidade das manifestações.
Comum em igrejas neopentecostais, a prática é vista por muitos como expressão da manifestação do Espírito Santo. Por outros, é visto como ingredientes de humor sarcástico.
A banda de rock Os Azuis lançou um clipe feito a partir de uma série de imagens com fiéis em momentos de êxtase durante cultos, dançando.
A música “Pélvis”, que tem no refrão uma incitação ao sexo (Tudo que eu quero fazer/ É ter contato pélvico com você) é ilustrada com as cenas dos cultos, que editadas, formam “passos de dança” ao ritmo do rock.
O vocalista Greco Blue, em entrevista ao site do jornal O Globo, alega que a ideia surgiu após assistir aos cultos evangélicos transmitidos pela televisão: “A gente ficava chocado vendo esses programas que passam em TV aberta, e começamos a pesquisar vídeos de cultos na internet. Piramos nos movimentos, que são muito parecidos com os do Candomblé e da Umbanda, que, aliás, são duas religiões que já vimos serem chamadas de ‘coisa do Diabo’ em programas evangélicos. Então começamos a viajar nisso: na verdade, somos todos iguais, somos todos irmãos e humanos. É um vídeo de comédia”, afirmou.
Defendendo-se contra polêmicas, Greco afirma que não partiram de nenhum princípio preconceituoso para chegar ao resultado final do clipe: “Não fomos desrespeitosos em nenhum momento. Fizemos apenas um vídeo engraçado. Ninguém vai ficar ofendido”, acredita.
Entretanto, o pastor assembleiano Maurício Price, publicou um artigo crítico contra a banda no blog Olhar Cristão, em que repudia a iniciativa e demonstra ter se ofendido.
“Permita-me dizer que não sou adepto da teologia da prosperidade, nem tão pouco compactuo com qualquer tipo de modismo neopentecostal contemporâneo. Aliás, abomino tudo aquilo que deturpa a simplicidade e pureza do Evangelho de Cristo registrado nas Sagradas Escrituras. Deixo isso aqui bem claro. Embora, possa admitir que exista atualmente no cenário evangélico brasileiro uma real e histórica diversidade litúrgica e doutrinária entre as denominações evangélicas em nosso país, sinto-me também no dever de reconhecer que a maioria das igrejas evangélicas sérias desse país, tem preocupação com a coerência entre o discurso pregado e a prática vivenciada na vida dos fiéis. É sabido também que uma minoria não segue essa regra. Mas, como já disse, é uma minoria que não representa a grande totalidade da nação evangélica brasileira. Que isso fique bem claro!”
Confira abaixo o polêmico clipe da música “Pélvis”, da banda Os Azuis. As cenas usadas no vídeo contam, entre outros, com imagens do pastor Silas Malafaia e do apóstolo Valdemiro Santiago:
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
Comum em igrejas neopentecostais, a prática é vista por muitos como expressão da manifestação do Espírito Santo. Por outros, é visto como ingredientes de humor sarcástico.
A banda de rock Os Azuis lançou um clipe feito a partir de uma série de imagens com fiéis em momentos de êxtase durante cultos, dançando.
A música “Pélvis”, que tem no refrão uma incitação ao sexo (Tudo que eu quero fazer/ É ter contato pélvico com você) é ilustrada com as cenas dos cultos, que editadas, formam “passos de dança” ao ritmo do rock.
O vocalista Greco Blue, em entrevista ao site do jornal O Globo, alega que a ideia surgiu após assistir aos cultos evangélicos transmitidos pela televisão: “A gente ficava chocado vendo esses programas que passam em TV aberta, e começamos a pesquisar vídeos de cultos na internet. Piramos nos movimentos, que são muito parecidos com os do Candomblé e da Umbanda, que, aliás, são duas religiões que já vimos serem chamadas de ‘coisa do Diabo’ em programas evangélicos. Então começamos a viajar nisso: na verdade, somos todos iguais, somos todos irmãos e humanos. É um vídeo de comédia”, afirmou.
Defendendo-se contra polêmicas, Greco afirma que não partiram de nenhum princípio preconceituoso para chegar ao resultado final do clipe: “Não fomos desrespeitosos em nenhum momento. Fizemos apenas um vídeo engraçado. Ninguém vai ficar ofendido”, acredita.
Entretanto, o pastor assembleiano Maurício Price, publicou um artigo crítico contra a banda no blog Olhar Cristão, em que repudia a iniciativa e demonstra ter se ofendido.
“Permita-me dizer que não sou adepto da teologia da prosperidade, nem tão pouco compactuo com qualquer tipo de modismo neopentecostal contemporâneo. Aliás, abomino tudo aquilo que deturpa a simplicidade e pureza do Evangelho de Cristo registrado nas Sagradas Escrituras. Deixo isso aqui bem claro. Embora, possa admitir que exista atualmente no cenário evangélico brasileiro uma real e histórica diversidade litúrgica e doutrinária entre as denominações evangélicas em nosso país, sinto-me também no dever de reconhecer que a maioria das igrejas evangélicas sérias desse país, tem preocupação com a coerência entre o discurso pregado e a prática vivenciada na vida dos fiéis. É sabido também que uma minoria não segue essa regra. Mas, como já disse, é uma minoria que não representa a grande totalidade da nação evangélica brasileira. Que isso fique bem claro!”
Confira abaixo o polêmico clipe da música “Pélvis”, da banda Os Azuis. As cenas usadas no vídeo contam, entre outros, com imagens do pastor Silas Malafaia e do apóstolo Valdemiro Santiago:
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