sexta-feira, 22 de abril de 2016

Envolvido em esquema de 'cheques em branco', pastor é preso

O pastor Mauro Alessandro Souza Freitas, 40 anos, e o comparsa Ruberlândio Ferreira Jacem, 42, foram presos ontem , em operação do Setor de Investigações Gerais (SIG) para desmontar esquema de golpe contra comércios e bancos de Campo Grande, cujo prejuízo foi milionário, estima a polícia. Mauro, de acordo com o delegado Cleverson Alves, forneceu cheques em branco em suposto esquema que teria articulado a saída de Alcides Bernal do cargo de prefeito, em 2014. O caso ainda tramita na Justiça.
Conforme a autoridade, Mauro e Ruberlândio atraíam pessoas que passavam por dificuldades financeiras ao esquema criminoso sob a promessa de passar a elas 50% de todo o dinheiro arrecadado. Elas eram convencidas a abrirem contas em bancos, crediários em lojas e todos os trâmites burocráticos, como aquisição de comprovantes de renda, ficava sob a responsabilidade da dupla. Para isso, o pastor e o comparsa falsificavam holerites e declarações de Imposto de Renda por meio de três empresas fantasmas que tinham em seus nomes.
“As pessoas eram coniventes com o crime e depois de abrirem as contas entregavam a eles os cartões e cheques. Mauro e Ruberlândio usavam os cartões em comércios da cidade e vendiam folhas de cheques em branco para outros estelionatários, pelo valor de R$ 30 cada uma. Até para fora do Estado mandavam pelos Correios.”, disse Cleverson. O esquema de venda funcionava por atacado e estipulavam o envio de no mínimo 10 folhas. 
A polícia estima que o valor do golpe dado no mercado financeiro ultrapasse a casa dos milhões, tendo em vista que a dupla agia havia cerca de dois anos. Segundo o delegado, centenas de pessoas emprestaram nomes e o próximo passo das investigações será identificar o máximo delas para também serem indiciadas por estelionato.
LEVARAM GOLPE
Ainda de acordo com o delegado, Mauro e Ruberlândio articularam a vinda de um hacker para Campo Grande e milhares de contas bancárias de vítimas foram invadidas e tiveram grandes valores desviados. No entanto, a dupla acabou como vítima do criminoso. “O hacker deu golpe neles e sumiu depois de desviar das contas que usavam para depósitos a quantia de R$ 300 mil”, disse o delegado Cleverson.
As prisões ocorreram ontem. Mauro estava na casa dele, cujo bairro não foi divulgado e Ruberlândio foi preso no Fórum da Capital, onde tentou se esconder depois de saber da prisão do pastor. O caso passa a ser investigado na Delegacia Especializada em Repressão a Crimes de Defraudações e Falsificações (Dedfaz).


fonte ---- Correio do Estado

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