quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Ideia de usar igreja para receber propina partiu de Eduardo Cunha, diz delator do petrolão

O lobista Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no petrolão, afirmou à Operação Lava-Jato, em delação premiada, que a ideia de repassar propinas através de doações à Igreja Assembleia de Deus Ministério Madureira foi do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Baiano contou que Júlio Camargo, outro lobista do esquema de corrupção na Petrobrás, realizou o depósito de parte das propinas que seriam destinadas a Cunha em uma conta da Assembleia de Deus Madureira após sugestão do próprio, como forma de “limpar” a entrada dos valores.
“Cunha sugeriu que Júlio Camargo fizesse duas doações [à igreja], no total de R$ 250 mil, cada uma no valor de R$ 125 mil”, afirmou Baiano, de acordo com informações do jornal Valor Econômico.
O depoimento de Baiano corrobora as afirmações de Camargo e os dados obtidos durante as investigações da Polícia Federal através da Operação Lava-Jato, apontando que os R$ 250 mil seriam parte de uma propina acertada após a assinatura de um contrato para fornecimento de navios-sonda à Petrobrás.
De acordo com Fernando Baiano, Cunha teria se aproximado dele para conseguir uma forma de cobrar as propinas que haviam parado de ser pagas: “Júlio Camargo começou a dizer que estava tendo dificuldade para disponibilizar dinheiro em espécie para pagar Eduardo Cunha, então, o depoente [Baiano] sugeriu que Júlio Camargo fizesse uma doação oficial para Eduardo Cunha ou para o PMDB”, diz trecho do relatório do depoimento.


Fonte --------------- Gospel.Prime

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