Rio de Janeiro - Pastor é preso acusado de
liderar quadrilha de milicianos
Pastor usava secretaria da igreja como escritório para o crime
O grupo chamado Liga da Justiça, faturava mais de 6 milhões ao ano
Segundo delegado, até miliciano temia ser morto por pastor
O pastor garante que provará sua inocência
Pastor usava secretaria da igreja como escritório para o crime
O grupo chamado Liga da Justiça, faturava mais de 6 milhões ao ano
Segundo delegado, até miliciano temia ser morto por pastor
O pastor garante que provará sua inocência
O pastor
Dijanio Aires Diniz, da Igreja Pentecostal Deus é a Luz, localizada na zona
Oeste do Rio de Janeiro, está sendo acusado pela polícia de ser o chefe de um
bando que cometia diversos crimes usando o templo da igreja como escritório,
de acordo com o jornal Extra.
Para
conseguir chegar até a quadrilha e prender dez suspeitos foi preciso somar os
trabalhos de agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e
Inquéritos Especiais (Draco/IE) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao
Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP).
O MP
descobriu que dentro do templo havia um escritório de onde eram feitos
empréstimos e cobranças com taxas de juros que chegavam a 30% ao
mês.
Os crimes
que os suspeitos estão sendo acusados envolve extorsões, ameaças, comércio
ilegal de combustíveis, agiotagem, exploração de transporte alternativo,
cobrança irregular de uma “taxa de segurança” e até mesmo máquinas de
caça-níqueis.
Mas o pastor
não é o único que estaria encabeçando a quadrilha, o jornal carioca cita também
um ex-policial que foi preso em maio deste ano em flagrante por estar
extorquindo R$ 120 mil de uma vítima.
Uma denúncia
feita pelo Gaeco é que ligou os dois acusados que usavam da violência para
conseguir fazer vítimas e arrancar dinheiro delas. Entre os métodos usados pela
polícia para chegar até os criminosos estavam escutas telefônicas que gravaram
conversas que partiram do telefone da própria igreja.
Operação
Pandora II
Segundo
informou o site Surgiu, o pastor Dijanio Aires Diniz, que se
entregou na manhã de hoje à Polícia Civil depois de ser descoberto como líder de
uma milícia e bando de agiotas, prometia curas milagrosas na igreja em que
pregava, em Campo Grande. O leque de “especialidades” era amplo e cobria desde
aids até surdez.
“Há quanto
tempo a senhora estava surda desse ouvido esquerdo?”, pergunta o pastor em um
dos vídeos postados em seu canal no YouTube. A fiel responde: “Há treze anos.
Estou ouvindo perfeito (agora)”.
Em um outro
vídeo, cadastrado no site em outubro de 2009, o pastor promove uma sessão de
exorcismo para tirar “o espírito da aids” de um homem. Falando alto, ele ordena:
“Sai Caveirinha, sai Pomba Gira. Você que está colocando aids nele, não adianta!
Sai espírito da aids”.
No fim, o
pastor Dijanio abraça o fiel e afirma que ele está curado da aids. Para
comprovar a cura, ele manda que o homem corra até a porta da igreja e volte ao
altar.A prisão do pastor faz parte da Operação Pandora II, deflagrada na manhã
desta quinta-feira, para prender 13 integrantes de uma milícia que agia nos
bairros Campo Grande, Cosmos, Inhoaíba, Paciênca e Santíssimo, todos na Zona
Oeste do Rio. A Igreja Pentecostal Deus é a Luz, onde pregava, fica em Campo
Grande, no sub-bairro Amazonas.
Liga da
Justiça
Segundo o
site de notícias UOL, Dijanio seria integrante do grupo
paramilitar autodenominado "Liga da Justiça", milícia que atua em pelo menos
cinco bairros da zona oeste do Rio de Janeiro, lucrava cerca de R$ 6 milhões por
ano com cobrança de taxas e exploração de serviços clandestinos, tais como o
"gatonet" (sinal roubado de TV por assinatura). Nesta quinta-feira (6), 11
suspeitos foram presos durante a operação Pandora Dois, deflagrada pela Polícia
Civil em parceria com o Ministério Público.
Os
criminosos tinham um faturamento de R$ 500 mil mensais, de acordo com a Draco-IE
(Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais).
A ação é um desdobramento da operação Pandora 1, ocorrida em setembro deste ano,
quando 17 pessoas foram denunciadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação de Combate ao
Crime Organizado do Ministério Público).
Um dos
presos é o pastor Dijanio Aires Diniz, vulgo "Pastor", que liderava, segundo a
polícia, um esquema de agiotagem (um dos braços econômicos da Liga da Justiça).
No total, o MP conseguiu na Justiça 13 mandados de prisão --dois homens ainda
estão foragidos: André Marcelo Botti de Andrade, o "Botti", e Cléber Oliveira da
Silva.
Até
miliciano tinha medo de ser morte por pastor
O Portal R7 publicou:
...o delegado Alexandre Capote afirma que ele era um dos principais operadores do esquema de agiotagem mantido pela maior milícia do Rio que atua principalmente na zona oeste da cidade. O policial diz até que a igreja era usada como uma espécie de escritório do grupo.— Ele usava a igreja para oferecer e cobrar os empréstimos. O pastor também ameaçava os que ficavam devendo. Ele era um homem agressivo e por várias vezes citava o nome de Toni Ângelo, chefe do grupo, como forma de intimidar os devedores.Capote explicou ainda que o pastor também era um homem temido. Segundo ele, um miliciano responsável por cobrar uma dívida não conseguiu arrecadar o dinheiro. Interceptações telefônicas flagraram o integrante da quadrilha dizendo ter medo de ser morto pelo pastor e que começou a andar armado como forma de se precaver.
O
pastor Dijanio Aires Diniz garante a todos que provará sua
inocência.
Fonte----------Uol.com
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