Enquanto os temores de que o mundo acabe em 21 de dezembro continuam aumentando em vários lugares do mundo, o Vaticano se junta aos que negam essa possibilidade. A própria NASA já emitiu um desmentido do “apocalipse maia”.
José Funes, padre jesuíta argentino e diretor do observatório astronômico ligado à Igreja Católica, Specola Vaticana, anunciou hoje (12) que o fim do mundo não chegará, ao menos “por enquanto”. O padre faz uma análise científica e teológica da questão. O fim do mundo é aceito na teologia cristã, mas a sua data exata é indeterminada.
Formado em filosofia e teologia, com um doutorado em astronomia, Fumes entrou para o Observatório do Vaticano como astrônomo em 2000 e tornou-se seu diretor em 2006.
Ele enfatizou que as pessoas não deveriam se preocupar com as “profecias” maias. Funes ressaltou que reconhece o interesse das pessoas pelo assunto nos últimos dias. Basta fazer uma busca na internet para perceber que existem mais de 40 milhões de resultados, ressaltou.
Falando ao jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano, o jesuíta explica que visitou as ruínas de Copán (em Honduras), em 2003, e viu de perto como os maias observavam o espaço. Para ele, nem valeria a pena discutir a possibilidade de um alinhamento dos planetas e do sol ou uma inversão dos pólos magnéticos da Terra, conforme alegam as “profecias” divulgadas nos últimos tempos. “Não há base científica para essas afirmações, que são obviamente falsas”, enfatizou.
O diretor da Specola Vaticana ressaltou que a visão cristã do universo e da história têm um sentido e nos seres humanos existe uma convicção de que a morte não é o final. “A cosmologia nos indica que o universo caminha rumo a um estado final frio e escuro. Mas a mensagem cristã, pelo contrário, aponta para a ressurreição final, no último dia, quando Deus reconstruirá cada homem, cada mulher e todo o universo”, ensina.
Anos atrás, Funes criou uma polêmica ao sugerir que a crença em extraterrestres é compatível com a crença em Deus e a teologia cristã. Ele também sugeriu que a cosmologia moderna, a qual afirma que o universo começou há bilhões de anos, com o Big Bang, pode ser conciliada com a Bíblia e a ideia de um Deus criador.
Traduzido de Examiner.
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