domingo, 30 de setembro de 2012

Á guerra entre as igrejas na “ELEIÇÕES 2012: “Evangélicos na Política” .

“O texto a seguir foi elaborado a partir de uma proposta de entrevista feita pelo professor José Faro, meu colega no Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo, sobre o caso “religião na campanha de Russomanno à Prefeitura de São Paulo”. Ele desejava publicar a entrevista como complemento a outra que dei ao Instituto Humanitas, IHU, da Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos), no seu blog “História, Cultura e Comunicação”. Meu entusiasmo com a reflexão me fez produzir um artigo, que Faro publicou na íntegra. Partilho aqui o conteúdo do artigo, que pode ser reproduzido, mas sob a condição de se registrar que é fruto do meu diálogo com o professor José Faro e que foi originalmente publicado no blog “História, Cultura e Comunicação“.
A campanha para as eleições municipais 2012 na cidade de São Paulo foi apimentada pela destacada ascensão do candidato a prefeito Celso Russomanno (PRB) à liderança isolada na disputa no mês de setembro. Russomanno, que demonstrava bons índices antes do início da campanha pelo horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, apareceu como líder isolado na pesquisa Datafolha divulgada no final de agosto com 31% das intenções de voto, contra 22% de José Serra (PSDB) e 14% de Fernando Haddad (PT).
A consolidação destes números durante a primeira quinzena de setembro transformou a polarização frequente em eleições em São Paulo – PT vs. PSDB (ou seus respectivos aliados) – para Russomanno vs. Serra/Haddad, que passaram a atacar o seu novo principal opositor. E foi neste processo de ataques que emergiu a questão da religião na política como algo a se combater. Russomanno passou a ser apresentado como “o” candidato da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), com compromissos com esse grupo. Isso porque o PRB (Partido Republicano Brasileiro), partido ao qual Russomanno se filiou em 2011 para disputar a Prefeitura de São Paulo depois de deixar o Partido Progressista (o PP, de Paulo Maluf), é conhecido como o “Partido da IURD”. Tendo sido fundado em 2003, por partidários do ex-vice-presidente do Brasil José de Alencar, o PRB já tinha parceria firmada com a IURD: todos os deputados ligados a essa igreja migraram para o partido desde o credenciamento e levou à eleição, em 2008, do bispo Marcelo Crivella (PRB/RJ) como o seu primeiro senador. O PRB ficou conhecido como o braço político da IURD.





FONTE---------------------Terra.com

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