- Rosângela Gris
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O colorido das bandeiras e as 'fantasias' irreverentes de alguns participantes atraíram inúmeros curiosos. Enquanto uns preferiram acompanhar a movimentação a distância, outros se misturaram a multidão como o casal Margareth, 51 anos, e Jair da Silva, 55 anos.
"Estou super feliz em participar da Parada Gay, sempre tive vontade de ir a um evento assim, mas ainda não tinha tido oportunidade. Eu e toda minha família temos inúmeros amigos homossexuais, que frequentam a nossa casa e são pessoas maravilhosas. Eu diria que alguns deles são até melhores do que muitas pessoas ditas 'normais'. O preconceito precisa acabar", defendeu Margareth.
Antes mesmo da abertura oficial da Parada Gay, quando a Polícia Militar (PM) ainda estimava um público de cerca de 500 pessoas, Luiz Modesto, um dos organizadores, já comemorava o sucesso do evento. "Independente de quantas pessoas a gente consiga reunir aqui, o importante é que conseguimos criar um espaço de diálogo e debate profundo com a igreja e a comunidade. A nossa luta é contra a homofobia e o preconceito", afirmou Modesto.
Ele lembrou ainda que a Primeira Parada Gay é o resultado de cinco anos de trabalho e mobilização do movimento. "Nós não queríamos apenas fazer um evento e pronto. Nossa intenção era preparar a sociedade e fomentar o debate sobre a questão, e felizmente tivemos sucesso. Fico muito feliz em ver famílias inteiras, com crianças, prestigiando o nosso evento", declarou Modesto.
Fabiana soube do evento através de amigos homossexuais e, curiosa, resolveu ir a Parada Gay acompanhada do marido e das filhas gêmeas Jéssica e Ana, de cinco anos. "Estou gostando da festa e não vejo problema das minhas filhas estarem aqui. Elas precisam aprender a respeitar a diversidade desde cedo", disse.
Por volta das 15h30, o grupo - agora formado por mais de cinco mil pessoas - seguiu em direção ao estacionamento do Estádio Willie Davids, na Zona 7, passando pelas avenidas XV de Novembro, Duque de Caxias e Prudente de Moraes. Durante o trajeto, os participantes foram acompanhados por olhares curisosos, porém sem manifestações de hostilidade.
Com faixas e cartazes, os participantes defenderam a diversidade e pediram a aprovação da PLC 122 que criminaliza a homofobia. Já no estacionamento do Willie Davis, eles foram recebidos por um grande número de simpatizantes da causa.
A Polícia Militar (PM) fez a segurança durante o percurso, com policiais em motocicletas e nos locais de concentração. A Secretaria Municipal dos Transportes interrompeu o trânsito com batedores para a passagem dos participantes.
Nenhum incidente grave foi registrado durante o evento, apenas inúmeras situações de pessoas acusadas de urinar em muros e portas de estabelecimentos comerciais próximos ao estádio.
fonte ---------------------- Diario de maringa
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