terça-feira, 17 de maio de 2016

Pastor evangélico suspeito de abusar crianças é preso em Indaiatuba, SP Assembleia de Deus disse que ele pediu afastamento do cargo há 2 meses. Polícia Civil afirma que primeiro caso de abuso teria ocorrido em 1993.

Um pastor de 62 anos de uma igreja evangélica de Indaiatuba (SP) foi preso na manhã desta terça-feira  por suspeita de abusar sexualmente de três crianças. As vítimas, duas irmãs de 7 e 11 anos e a tia delas, de 12 anos, eram molestadas há três anos.
A investigação da Polícia Civil começou há dois meses e incentivou outras vítimas a prestarem depoimento contra o suspeito. Segundo a corporação, o primeiro caso envolvendo José Iran Alves da Silva ocorreu em 1993.
Segundo a Polícia Civil, os abusos atuais aconteciam na casa do pastor. Os pais contaram que tinham uma relação de confiança com o suspeito e quando precisavam, deixavam as meninas sob os cuidados das filhas dele.
Após os abusos, ele ameaçava as crianças e oferecia dinheiro para elas não falarem nada. No entanto, uma das vítimas escreveu uma carta aos pais para relatar os acontecimentos. O pai, que é policial militar, entregou o documento à polícia.
Pastor foi levado para o 2 DP de Indaiatuba (Foto: Reprodução/ EPTV)
O mandado de prisão saiu na quinta-feira , mas o pastor se entregou apenas nesta manhã e negou os crimes.
A defesa do pastor disse que o dinheiro dado às vítimas era para a compra de material escolar e doces, quando ele também dava para as filhas.
Outros crimes
Durante a investigação, a polícia descobriu que o pastor já tinha sido indiciado por abuso sexual em 1999. Ele teria aliciado duas crianças. Na época, o irmão dele também era suspeito de estupro, mas o inquérito foi arquivado.
A polícia acredita em mais vítimas, já que pelo menos oito testemunhas deste caso disseram que também foram abusadas, mas preferiram não registrar a denúncia. Ele era pastor há mais de 30 anos e ministrou o último culto ..

Afastamento 
No entanto, o vice-presidente da  Assembleia de Deus de Indaiatuba, Newton Oliveira Lima, afirma que o pastor pediu o afastamento há dois meses, quando foram iniciadas as investigações sobre os casos de abuso.
"Ele pediu voluntariamente o afastamento em cima das acusações que estão sendo apontadas em cima dele. Ele alegou inocência para a igreja e pediu o afastamento para fazer a sua defesa judicialmente", explica.
Newton ainda afirma que só recebeu denúncias a respeito do pastor após seu afastamento. Segundo a Polícia Civil, a Justiça acatou o pedido e determinou a prisão preventiva do suspeito, que vai ser encaminhado à cadeia anexa ao 2° Distrito Policial (DP).


Fonte ------------- O Globo.com

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