O motorista de uma van escolar preso suspeito de ter abusado de um menino de seis anos dentro de uma igreja, no início de setembro deste ano, precisou prestar esclarecimentos à polícia sobre outros quatro estupros de crianças. O homem foi levado à delegacia nesta quinta-feira , mas negou que tenha praticado abuso sexual, alegando que foi mal interpretado.
Samuel Lucas Lacerda foi preso no dia 4 de setembro, suspeito de abusar de um menino dentro do banheiro de uma igreja na Serra, Grande Vitória, no mês de agosto. Segundo o delegado Lorenzo Pazolini, o homem confessou esse crime. De acordo com as investigações, o suspeito sempre dava doces para crianças da igreja que frequentava.
Os novos casos foram descobertos depois que as famílias das crianças procuraram a polícia. As vítimas são meninos e meninas entre cinco e nove anos de idade.
"Elas [as crianças] relatam com riqueza de detalhes que no caminho entre as casas delas e as escolas, o Samuel fazia brincadeiras estranhas, nas palavras das crianças, e praticava sexo oral com elas. Ou seja, a conduta do Samuel reincidia no caso de estupro de vulnerável", disse o delegado.
O delegado acredita que mais vítimas irão aparecer. "Pela maneira como ele atuava, pela proximidade com as crianças, nós temos certeza de que há novas vítimas", disse.
Ele também alertou os pais para que prestem mais atenção no que os filhos tem a dizer e que conversem sempre com as crianças.
"Os pais e responsáveis têm que conversar com as crianças, pois se as crianças tiverem confiança, elas vão contar sobre qualquer tipo de abuso ou tentativa de abuso", finalizou.
Samuel Lucas Lacerda está detido no Centro de Triagem de Viana, onde vai permanecer. O delegado disse que vai pedir a prisão preventiva dele por todas as cinco acusações de estupro e pediu que ele seja indiciado por esses novos casos.
Apesar do alto índice, ele não reflete a verdadeira dimensão do problema. Segundo a respon
sável pela área técnica de acidentes e violência da Vigilância Epidemiológica da Sesa, Edileusa Cupertino, dos 78 municípios do estado, 16 nem sequer notificam ao órgão os casos de abuso sexual que levam crianças, adolescentes e jovens às unidades de saúde, em busca de atendimento.
Fonte ---------------- G.1
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