sábado, 4 de julho de 2015

Apoio a candidatos por parte de pastores pode custar até R$ 3 mil

Pastor José João, da Aliança Cristã Evangélica do Brasil,
vê abuso em determinadas condutas de igrejas evangélicas(Euzivaldo Queiroz)



Pastores evangélicos e um padre assumem posição contra o que chamam de partidarização das igrejas nestas eleições, criticam o uso desses espaços como currais eleitorais e defendem a garantia do direito ao voto livre, responsável e consciente

 A utilização das igrejas pelos ministros religiosos como “cabresto eleitoral” e a manipulação dos fiéis como massa de manobra, foram criticadas por líderes religiosos evangélicos e católicos, ouvidos por A CRÍTICA. 

Para o pastor presbiteriano, membro do Conselho de Referência da Aliança Cristã Evangélica do Brasil, José João Mesquita, o papel da religião no período eleitoral é orientar para que os membros exerçam a cidadania votando de forma consciente, livre e responsável, mas sem a imposição de uma ideologia político-partidária.

 O pastor José João disse que há alguns anos algumas igrejas evangélicas vêm abusando no apoio a candidatos, em fazer campanhas internas até à proibição pela Justiça Eleitoral. Mesmo assim, existem igrejas que estão transgredindo a lei sorrateiramente.

 O pastor afirmou, sem citar nomes, que “igrejas e denominações religiosas, estão se comportando hipocritamente fazendo campanha política.”

 “Na política do Brasil, está aí o escândalo do mensalão. Fala-se na cidade que estão correndo valores que são milhões que algumas igrejas estão recebendo para apoiar a pessoa que representa o grupo que tem mais poder e dinheiro. Um pastor me confidenciou que foi procurado por uma pessoa ligada a esse grupo com um pacote de dinheiro R$ 3 mil e que ele estaria numa relação de 120 pessoas que eu chamo do ‘mensalinho’ evangélico de Manaus. Vieram procurá-lo porque ele tem uma igreja com 800 pessoas. Ele recusou. Estão corrompendo pastores e o pior é que o nome dele foi indicado por um pastor dessa cidade”, denunciou pastor José João.






Fonte:A CRÍTICA