Se você
faz parte de alguma rede social já deve ter reparado a grande quantidade de
fotos de crianças que invadiram a internet na última semana. No clima do Dia das
Crianças, alguns dos principais nomes do esporte brasileiro relembraram a
infância e o presente que mais gostaram de ganhar na data especial. Direto do
túnel do tempo, Guga, Diego
Hypolito, Mari
Paraíba e outros atletas revelaram as brincadeiras, os medos e os
desejos que ainda guardam até os dias de hoje.
O Dia das Crianças é a segunda data mais importante para o comércio, perdendo apenas para o Natal. A data só passou a ser celebrada nos anos 60, quando uma fábrica de brinquedos fez uma campanha para aumentar as suas vendas. Outras empresas decidiram criar a "Semana da Criança" com o mesmo objetivo. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedo escolheram um único dia para a promoção, o dia 12 de outubro.
A data é celebrada em diversos países pelo mundo. Na Nova
Zelândia, ao invés de presentes, o primeiro domingo de março é um dia dedicado à
família, momento em que as crianças brincam com seus pais e amigos. No Japão, o
5 de maio é comemorado com uma exposição de bonecos parecidos com samurais para
os meninos, enquanto as meninas celebram com uma exposição de bonecas no dia 3
de março. A Organização das Nações Unidas (ONU), por exemplo, festeja o dia
mundial das crianças em 20 de novembro, data da aprovação da Declaração dos
Direitos das Crianças.
Criada por Ruth Handler e seu marido Elliot Handler, em 1959, em
homenagem à filha, Barbara, a Barbie influenciou gerações, dentre elas, a de
Mari Paraíba, Adrianinha e Thaísa. A boneca, que criou um padrão de beleza e
representa uma mulher bonita, meiga e politicamente correta, era um objeto de
desejo das atletas.
Destaque do vôlei de praia, Mari Paraíba fazia coleção de barbies - na década de 80, por exemplo, começaram a surgir modelos especiais, temáticos e de carreiras, como bailarina, cantora, pianista, astronauta, dentre outras. Natural de Campina Grande, ela sente falta dos pratos de infância, como feijão verde com galinha caipira e arroz de leite com carne de sol, e só mata a saudade quando recebe a visita dos pais. A bela jogadora, que trocou as quadras pelas areias, se mostra saudosa dos tempos de infância.
- Eu tive a melhor infância do mundo, brincava muito, me divertia... Era uma criança danadinha, adorava estar com os meus amigos na rua o dia todo. Mas uma lembrança que me marca muito é eu subindo em árvores. Na minha casa, tinha um pé de oliveira muito alto, e eu subia para pegar as frutas e me pendurar, ficava de cabeça para baixo nos troncos (risos), era muito bom. Eu era viciada em bonecas da barbie, amava ganhar esse presente. Sonhava ser aeromoça (risos), mas cresci e hoje odeio andar de avião - afirmou Mari, que ainda tem medo de pesadelo.
- O presente que eu mais gostei foi uma prancha de fibra. Ganhei quando eu tinha 8 anos - contou o ex-tenista, que revela guardar ainda o medo de montanha-russa desde a infância.
Pedro
Scooby, por sua vez, preferiu um skate em forma de prancha.
Especialista em ondas grandes e pupilo do big rider Carlos Burle, o
surfista de 25 anos desbrava o mundo atrás de mares assustadores, mas foi em uma
ladeira do Rio de Janeiro que o carioca sofreu uma das quedas mais marcantes de
sua vida.
Aposta e tombo
memorável
Assim como Scooby, Thaísa admite que não gosta de escuridão e ainda revela outro medo: trovão.
A jogadora de vôlei do Osasco, que ficou encantada quando ganhou uma barbie de presente de Dia das Crianças, conta que sempre gostou muito de bonecas.
Amor e
inspiração nas bonecas
- O presente que eu mais gostei de ganhar na infância foi uma Barbie que falava muitas frases. Eu adorava, era a sensação do momento e eu fiquei muito feliz quando ganhei. Sempre gostei muito de boneca, principalmente, da Barbie. Talvez eu seja loira por causa disso - disse a atleta, bem-humorada.
Thaísa lembra que era uma menina tranquila, quieta e tímida até uma certa idade. Depois, passou a fazer bagunça em casa ao lado dos irmãos, para desespero de sua mãe. Além de brincar de boneca sozinha e com suas amigas, ela também tinha um lado moleca e dividia seu tempo entre as barbies, o futebol e o pique-esconde com os meninos.
- Eu sempre me machucava muito brincando. Eu brincava tanto de boneca quanto de futebol e pique-esconde com os meninos. Eu era moleca, subia em árvores e me divertia bastante. Coitada da minha mãe, eu e o meu irmão éramos muito bagunceiros. Até hoje, ainda tenho algumas cicatrizes porque corria na rua e me ralava toda - acrescentou.
Diego Hypolito também adorava passar o dia brincando pelas ruas perto de sua casa. Uma bicicleta que ganhou na data especial virou um de seus passatempos preferidos, mas ele não esquece de outro presente, um robô. Hiperativo, o ginasta não conseguia ficar parado.
- Eu adorava ficar na rua. Brincava muito de esconde-esconde, pega-pega... Adorava coisas em movimento, sempre fui muito hiperativo - disse o bicampeão mundial no solo, em 2005 e 2007.
Conhecida por suas brincadeiras e o jeito de menina-mulher entre as suas companheiras da seleção brasileira de basquete, Adrianinha ganhou o tão sonhado presente de criança assim que completou 18 anos. Uma barbie.
- Eu sempre tive o sonho de ter uma barbie. Comprei quando tinha 18 anos. Nunca ganhei nada que me marcou pelo dia das crianças, mas o que me marcava mesmo era o fato de não ter aula e poder brincar o dia inteiro. E esse brincar, certamente, era passar o dia no clube jogando basquete e nadando. Mas, hoje em dia, acho que as crianças querem brinquedo, principalmente, os eletrônicos e caros... Estou com uma lista enorme da minha filha, Aaliyah. No Dia das Crianças, vou dar para ela uma moto da barbie - contou a armadora, que tem quatro Jogos Olímpicos e três Mundiais na bagagem.
Fonte--------------Globo.com
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