O pai do bebê de 13 dias que passou mal em casa e morreu depois de passar por diversos hospitais de Campo Grande, e não receber atendimento, lamenta o pouco tempo que conviveu com a filha. “Só passei dois dias com ela”, disse Alex de Souza Arguelho, de 25 anos.
Ele trabalhava como padeiro na cidade de Amambai, a 342 km de Campo Grande. “Estava longe, fiquei desesperado e vim pra cá no mesmo dia, mas não deu tempo”, afirmou. O bebê morreu na madrugada da última segunda-feira (16).
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Ao G1, a mãe, Karen Gavilan, 20 anos, contou que a filha começou a passar mal por volta da meia noite. Ela chamou a avó, Edna Gavilan, e as duas foram de táxi com o bebê para um hospital. “Nós pedimos dinheiro emprestado a um vizinho para pagar a corrida”, relatou Karen.Elas foram primeiro até a maternidade Cândido Mariano, onde a menina nasceu, em seguida ao Hospital El Kadri, mas, segundo a avó, só encontraram pediatras de plantão na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Coronel Antonino após uma hora de procura.
Na UPA, a menina foi levada para o setor de emergência. A equipe informou que o bebê teve uma parada cardiorrespiratória. Os médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) tentaram reanimar a criança, que não resistiu. “Quando colocaram ela na maca, as mãozinhas e os pezinhos já foram roxeando. Os médicos tentaram reanimar, mas ela não aguentou”, lembrou a avó.
A maternidade Cândido do Mariano não quis se manifestar sobre o caso. O Hospital El Kadri afirmou que não oferece atendimento especializado para crianças nos setores de urgência e emergência.
A família registrou um boletim de ocorrência. O corpo do bebê foi levado para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol), onde foi submetido a um exame necroscópico. Ainda segundo a família, uma biopsia do coração da criança será feita. O laudo que deve apontar as causas da morte da criança deve ficar pronto em quatro meses.
Primeiro filho
O bebê foi o primeiro filho de Karen e Alex. Os dois afirma que estão com medo de ter outro filho. "Não queremos passar por isso novamente, é muito difícil, muito doloroso", afirmou o pai. A avó conta que também foi o primeiro neto. "Trouxe muita alegria para a nossa casa. Espero que isso não aconteça com outras mães, com outras famílias", lamentou.
Fonte--------------G1
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