sexta-feira, 10 de maio de 2013

Parlamentares pedem a retirada projetos referentes a homossexualidade da CDHM

Parlamentares pedem a retirada projetos referentes a homossexualidade da CDHM
Depois do cancelamento da reunião da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, onde o pastor e deputado federal Marco Feliciano juntamente com os outros membros da comissão iriam discutir os projetos da “cura gay” e da “heterofobia”, os parlamentares opositores de Feliciano enviaram um documento ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alvez, para solicitar que temas ligados a homossexualidade não sejam mais discutidos na comissão.
A deputada Erika Kokay falou sobre o assunto em uma entrevista ao portal UOL. “Pedimos para que sejam retirados de pauta esses projetos dentro de uma comissão na qual não tem condições de ter uma discussão democrática e isenta. Ele [Alves] disse que analisaria o recurso e se posicionaria a respeito. Nós achamos que deverá ser até a próxima semana”, disse ela.
Kokay e os deputados Jean Wyllys (PSOL-RJ), Domingos Dutra (PT-MA), Chico Alencar (PSOL-RJ) e Marina Santanna (PT-GO) disseram no documento entregado ao presidente da Câmara que, a aprovação ou a rejeição de matérias pela CDHM “representa um grave atentado aos direitos humanos, podendo, inclusive, estimular o ódio entre grupos religiosos e alimentar disputas que ameaçam a paz na sociedade”, cabendo à direção da Câmara “interceder para conter o discurso de ódio e de exclusão contra negros, homossexuais, mulheres e praticantes de outras religiões”.
O pastor Marco Feliciano, acusado de racismo e homofobia, rebateu o argumento dos deputados da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos (FPDDH) dizendo que não foi ele quem levou os projetos de “cura gay” e “heterofobia” para a CDHM.
“Não fui eu quem trouxe o projeto para a CDHM. Existe um jogo político. Estava na Comissão de Seguridade Social, quando viram que ia perder, trouxeram para cá. Aqui era o reduto deles, e de repente veio para outro partido”, afirmou o pastor à reportagem da Folha de S. Paulo.
Apesar do adiamento da sessão que discutirá os projetos, Feliciano prometeu que não irá recuar: “Não posso engavetar projeto. Seria covardia se fizesse isso. A comissão tem que trabalhar, não tem nada na comissão, não posso só ficar fazendo audiência pública. Esses projetos precisam ser analisados”, definiu o pastor.
Entre os projetos polêmicos que os deputados da FPDDH querem que sejam retirados da CDHM estão a proposta de plebiscito para a legalização do casamento gay, além da lei que pretende estender a homossexuais e idosos, as penas impostas a quem tem atitudes discriminatórias e/ou racistas.






Fonte-------------------O Verbo

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