O coletivo Marcha da Maconha SP distribuiu drogas lícitas gratuitamente nesta terça-feira (2), no Viaduto do Chá, no centro de São Paulo, em protesto contra o projeto de lei do deputado Osmar Terra (PMDB-RS), que cria o cadastro de usuários de drogas, prevê a internação involuntária e aumenta de 5 para 8 anos a pena mínima de prisão para traficantes. Depois de debates e polêmica, o plenário da Câmara aprovou no último dia 12 regime de urgência para análise do projeto.
Apesar de divulgarem que distribuiriam drogas ilícitas, os manifestantes distribuíram apenas cachaça, cigarros, aspirinas, café, mate, doces, açúcar e revista, além de panfletagem na via. O texto do folheto entregue à população trazia dez motivos contrários ao projeto de lei. A marcha foi acompanhada de perto pela Polícia Militar (PM).
Ao jornal O Globo, o deputado Osmar Terra disse que o projeto “já é debatido há três anos, foi analisado por mais de cem parlamentares em comissões da Câmara e teve o regime de urgência votado no último dia 12, recebendo 344 a favor e apenas 6 contra”.
O projeto de lei será votado em plenário na próxima quarta-feira, segundo a assessoria de imprensa do deputado.
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Em 21 de maio de 2011, a Polícia Militar entrou em confronto com cerca de mil manifestantes que participaram da Marcha da Maconha, na Avenida Paulista. O protesto, naquela ocasião, havia sido proibido pela Justiça na véspera, que considerou que o evento faria apologia às drogas.
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: O Globo