A primeira sessão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados presidida pelo pastor Marco Feliciano (PSC-SP) foi marcada por tumultos e discussão entre parlamentares.
Na abertura da reunião, Feliciano discursou dirigindo-se às pessoas que demonstraram estarem ofendidas com suas polêmicas declarações: “Neste momento importante para a nação brasileira, onde iniciamos os trabalhos deste ano, nesta douta comissão, peço a todos e a todas que se alguém se sentiu ofendido por alguma colocação minha, em qualquer época, peço as mais humildes desculpas e coloco meu gabinete à disposição para dirimir quaisquer dúvidas”, disse o pastor, de acordo com informações do G1.
Os parlamentares petistas Erika Kokay (PT-DF) e o ex-presidente da CDHM Domingos Dutra (PT-MA) eram os mais exaltados e discutiram rispidamente com Marco Feliciano durante a sessão. O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) também se exaltou e discutiu com o pastor.
“Acabou a bagunça nesta comissão. Agora, vai ter ordem”, disse o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que discutiu com Dutra. Numa matéria veiculada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, foi mostrada o momento em que Dutra tenta agredir Bolsonaro e é impedido pelos colegas de parlamento, inclusive o próprio pastor Marco Feliciano.
Para justificar sua exaltação, Dutra afirmou que estavam havendo provocações: “O presidente [Feliciano] está de comum acordo com o Bolsonaro, que fica instigando, debochando da bancada, levantando o dedo para a deputada Erika. Fica sentado na mesa diretora como se fosse presidente. Isso tudo tem limite. Uma comissão importante como a de direitos humanos passando por esse tumulto, então, é melhor extingui-la, porque toda sessão que tiver vai ser isso”, disse.
Erika Kokay afirmou que havia autoritarismo por parte de Marco Feliciano, que teria “tomado a sessão de assalto” segundo ela, ao cassar a palavra dos presentes. Veja no vídeo abaixo:
Feliciano considerou o tumulto causado pelos manifestantes como “normal” e expressou satisfação com o resultado da primeira sessão: “Foi muito melhor do que eu esperava. Graças a Deus conseguimos votar todos os itens, os itens que falam sobre o direito do povo, das crianças. Estou muito satisfeito”, disse o pastor.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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