Na última semana, ativistas gays organizaram uma série de protestos contra a permanência do deputado e pastor Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos na Câmara dos Deputados, a maioria dos protestos aconteceu nesse sábado (16).
Os protestos foram organizados em 27 cidades, sendo 24 delas em diferentes estados no Brasil, além de protestos em outros 2 países. Entre as cidades brasileiras listadas para o protesto estão: Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Florianópolis, Natal, Porto Alegre, Fortaleza, Belo Horizonte, Curitiba, Volta Redonda, Ribeirão Preto, Cabo Frio, Chapecó, Salvador, Fortaleza, Campinas, Jundiaí, Recife, Santo André, Jacarezinho, São Carlos, São José dos Campos, Paraty e Goiânia. Participaram também do protesto Buenos Aires, San Francisco e Paris.
O protesto do Rio de Janeiro reuniu cerca de 200 pessoas em Copacabana, onde os manifestantes também protestaram contra o presidente do Senado, Renan Calheiros. De acordo com o IG, em São Paulo, um grupo de pessoas, a maioria simpatizantes e comunidades GLBT, se concentrou na Praça do Ciclista na Avenida Paulista e depois, com faixas e cartazes saiu pela rua da Consolação em direção à praça Roosevelt.
Em Salvador a mobilização aconteceu na praça do Campo Grande, e teve a participação da banda afro-brasileira Olodum. O presidente do Olodum, João Jorge, comentou sobre as manifestações, comparando as polêmicas declarações do deputado com a política nazista de Adolf Hitler.
- É um atentado à república, aos cidadãos brasileiros, do candomblé, da umbanda, os travestis, os negros. Começa assim, como foi na Alemanha com Hitler, a partir de um pequeno partido. O partido dele poderia tirá-lo e colocar outra pessoa. É uma posição fundamentalista. É muito caro os direitos humanos no Brasil, custou muitas vidas, uma longa história – afirmou o ativista.
Na cidade baiana os protestos aconteceram no Farol da Barra e seguiu com uma passeata até o bairro de Ondina, reunindo cerca de 600 pessoas que bradavam gritos de protesto e levantaram cartazes com “Fora Feliciano”, “Feliciano, respeite os seres humanos”, “Mais liberdade, Menos Feliciano”, “Nós somos agora a sua maldição”.
Já em Maceió, em Alagoas, o protesto contra Feliciano reuniu cerca de 20 pessoas, e contou com a presença do superintendente de Direitos Humanos do Estado, Geraldo de Majela Fidélis. De acordo com o G1, Igor Nascimento, um dos líderes do LGBT no estado, afirmou que a eleição de um político como Feliciano para um cargo de tamanha importância social tem que ser revista.
- Uma pessoa como essa, que diz que a AIDS é uma praga dos gays, que nos discrimina de uma forma tão absurda, não pode estar à frente de uma Comissão de Direitos Humanos. Nós não aceitamos isso de forma alguma. Os protestos estão acontecendo em todo o país e ganham força a cada dia. Nós não iremos descansar enquanto ele não for derrubado – reclamou o ativista.
Em Manaus, o protesto aconteceu na sede da Assembleia Legislativa do Amazonas na última quinta feira e reuniu cerca de 15 pessoas.
- Esse é um ato de repúdio contra essa nomeação. Não temos nada contra ele como religioso ou pessoa física, mas contra os pensamentos racistas e preconceituosos que traz e defende – declarou a representante do movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), Helen Luciana, que pediu a saída do parlamentar da comissão e disse não se sentir representada por ele.
Veja fotos dos protestos:
Por Dan Martins, para o Gospel+
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