Para Odair, blindagem do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e da empresa Delta, alvos da investigação da CPI do Cachoeira, derrubaram seu relatório.
O relatório de Odair que foi rejeitado trazia pedido de indiciamento de 29 pessoas e de responsabilização de 12.
Entre os alvos estavam Perillo, o deputado Carlos Lereia (PSDB-GO), o ex-senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), o prefeito de Palmas, Raul Filho, e o presidente da construtora Delta, Fernando Cavendish.
“Sem ressentimento. O que derrubou o nosso relatório foi a blindagem do governador Marconi Perillo [de Goiás] e da empresa Delta. Queriam que a gente retirasse questões do nosso relatório. Sem fazer alterações, nós fomos derrotados. Apesar do nosso esforço, uma pizza geral”, disse o deputado.
Logo após rejeitar o relatório de Cunha, os parlamentares aprovaram o voto em separado do deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF). O voto do deputado, apresentado em duas páginas, não sugere o indiciamento de nenhum dos suspeitos de envolvimento com o esquema comandando pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Com a aprovação do voto, o texto de duas páginas passou a ser o relatório final da CPI.
“Quem votou contra o meu relatório blindou o governador Marconi Perillo, blindou a empresa Delta”, reclamou Odair Cunha.
Para o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), o resultado da comissão desmoralizou o parlamento.
“Mais do que pizza. Foi dança com guardanapo na cabeça e champanhe francês. O parlamento saiu desmoralizado hoje. Triunfaram as articulações do último momento”, disse.
O deputado Rubens Bueno (PR), líder do partido, também reclamou de um acordo que teria sido feito nas últimas horas para derrubar o relatório de Odair Cunha e aprovar o voto do peemedebista.
“Este relatório foi uma presepada, de um acórdão feito na madrugada. Desmoralizou o Congresso Nacional. O Congresso não cumpriu seu papel”, afirmou.
Na análise do senador Álvaro Dias (PSDB), líder do partido na Casa, a CPI não conseguiu avançar nas investigações
Fonte---------------------G.1
Nenhum comentário:
Postar um comentário