Muitos falam que temos os melhores profissionais, mas isso cai por terra quando entramos em algum hospital. As filas de espera são enormes, faltam remédios no estoque e o diagnóstico médico demora em sair, dificultando assim o tratamento.
Na maioria das vezes não existem equipamentos adequados e as famílias ( muitas vezes sem condições financeiras ) são obrigadas a sair do seu Estado, para conseguir tratamento em outro lugar
Na maioria das vezes não existem equipamentos adequados e as famílias ( muitas vezes sem condições financeiras ) são obrigadas a sair do seu Estado, para conseguir tratamento em outro lugar
Não adianta termos os melhores profissionais da área, se o governo não investir na saúde.
A compreensão de todo o funcionamento e da evolução das políticas públicas de saúde no Brasil é complexa e merece estudo apurado. Precisa se discutir muito mais sobre a Atenção Primária à Saúde (APS) e sobre a Estratégia Saúde da Família (ESF), relatando fatos da história de ambas e destacando desafios presentes e futuros na tentativa de aperfeiçoar tais sistemas. Além disso, os sistemas de gestão e a política partidária infiltrada na saúde compromete o que preconiza a constituição federal.
Nos países chamados desenvolvidos, surgiram idéias e conceitos que sofreram mudanças até chegar ao que se entende hoje como APS. No desenvolvimento de tais definições, houve marcos importantes, dentre eles, a Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde em Alma-Atá em 1978, trazendo segundo a Declaração de Alma-Atá, a proposta de que a APS é a chave para alcançar um nível aceitável de saúde para a população, sendo válida para todos os países do mundo, assumindo formatos distintos, de acordo com a realidade de cada nação.
Segundo Starfield e Vuori, a APS é um tipo de atenção à saúde que organiza e racionaliza o uso dos recursos, buscando inverter a priorização das ações de saúde de uma abordagem simplesmente curativa para uma abordagem preventiva e promocional, integrada com outros níveis de atenção e contando com diversos profissionais de saúde. A partir de evidências da efetividade da APS em vários países, no Brasil, surgiram também a necessidade e o desejo da construção de um sistema de saúde baseado em APS. Em 2005, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), lançou um documento intitulado “Renovação da Atenção Primária à Saúde das Américas” para servir como fundamento para a organização dos componentes de um sistema baseado em APS, sendo que cada país desenvolvesse suas próprias estratégias de renovação.
No decorrer dos anos, no Brasil, destacaram-se diferentes modelos técnico-assistenciais. No início do século XX, o modelo conhecido como Sanitarismo Campanhista, direcionado a políticas de saneamento dos espaços de circulação de mercadorias exportáveis (em virtude do modelo agroexportador da economia brasileira), vigorava. Em 1923, a “Lei Elói Chaves” marca o surgimento da Previdência Social, com a criação das Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAPs). Por volta da década de 50, com o avanço da industrialização, surge o modelo médico-assistencial privatista.
Com o movimento da Reforma Sanitária, avanços sociais e políticos e aprovação dos princípios norteadores do SUS, o Brasil começa a galgar novos caminhos rumo a melhorias na saúde brasileira.
Na década de 1990, o Brasil encontrava-se em fase de transição epidemiológica, visto que havia número crescente de casos de doenças crônico-degenerativas associadas às doenças infecto-contagiosas, já presentes em larga escala. O descaso com a atenção primária era evidente.
A Constituição Federal de 1988 é considerada marco regulatório do sistema de saúde brasileiro, porque definiu a construção de um Sistema Único de Saúde, caracterizado pelos princípios de universalidade, equidade, hierarquização das atribuições das três esferas do poder público, integralidade, descentralização e controle social. Observa-se que o SUS (Sistema Único de Saúde) está intimamente ligado à implantação da ESF no Brasil. Tal política de saúde (nascida em 1994) surge como uma forma de consolidação dos princípios do SUS e permite reorganizar a rede de assistência à saúde, caracterizando-se por ser dinâmica, coletiva e direcionada à municipalização da saúde e à integração dos níveis primário, secundário e terciário da prestação de serviços de saúde.
A ESF Estratégia de Saúde da Família é uma política flexível e em processo de construção, trazendo benefícios e mostrando dificuldades. Com ela, surgiram exigências: comprometimento de recursos federais para a expansão da rede assistencial local, autonomia municipal na orientação da estratégia, novas responsabilidades de gestão e demanda por profissionais qualificados. Por outro lado, trouxe a oportunidade de expandir o acesso à atenção primária.
Como a ESF é baseada na problemática da comunidade, pode-se inferir que há diferenças marcantes nas experiências de cada município, com isso veio a necessidade de municipalizar as ações da saúde o que responsabiliza os municípios com a definição de onde pode ser aplicado os recursos, no entanto estes devem ser aplicados com critérios fundamentados pelas as comissões bipartites e tripartites criadas para orientar e fundamentar o controle social, bem como auxiliar quando surgem irresponsabilidades de gestão com os cortes dos recursos. A diversidade de experiências resulta de: variedade de tempo de implementação, capacitação dos profissionais, compromisso dos gestores, estabilidade de financiamento e do nível de participação comunitária, sem isso não vai funcionar nunca o sistema de saúde modelo para o mundo no papel e compatível com alguns lugares da áfrica na pratica a exemplo de Moçambique, Guiné Bissau e Uganda que são uns dos países piores exemplos do mundo no item saúde.
Esses problemas são macros com situações semelhantes em todos os municípios do Brasil com a saúde “FALTA”, porque faltam leitos, faltam profissionais qualificados, faltam remédios nos postos e faltam responsabilidades nos gestores.
FONTE-------------The Christ
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