O Correio Real britânico lançou hoje (14/04) folha de selos relembrando o Titanic, que, há 100 anos, zarpava de Southampton (Reino Unido). A folha traz imagens e informações sobre o navio da companhia White Star, desde a construção, em Belfast (Reino Unido), à viagem inaugural para Nova York, interrompida pelo naufrágio. No valor de £13.95, a folha inclui dez selos de primeira classe.
O Titanic, então o maior navio cruzeiro do mundo, naufragou em 15 de abril de 1912, após colidir com um iceberg no Atlântico norte, cinco dias após zarpar da Inglaterra. O acidente deixou 1.514 mortos e, até hoje, é um dos maiores desastres marítimos da história.
Cartas no Titanic - A área postal do navio foi uma das primeiras a inundar. Cinco funcionários dos Correios – dois britânicos e três americanos – tentaram, sob risco de morte, resguardar os 200 sacos de correspondências registradas, levando-os para o deck superior, segundo relatos da época, publicados no “The Times”. Os cinco morreram.
O resgate - Projetado inicialmente para conter 64 botes salva-vidas, o Titanic levava apenas 16 botes e quatro canoas dobráveis. Acreditava-se que o navio jamais afundaria, e o chefe da companhia White Star, Bruce Ismay, decidiu reduzir o número de botes para ampliar o espaço disponível.
Muitos dos botes partiram com metade da capacidade, ampliando a tragédia. Capazes de levar 1.100 passageiros, eles salvaram apenas 705, com prioridade para mulheres e crianças da 1ª classe, onde a passagem custava, em valores atualizados, £ 64 mil (cerca de R$ 185 mil). Apenas 25% das pessoas que viajavam na 3ª classe sobreviveram.
Ismay escapou furtivamente, rompendo a lei do mar, que estabelece prioridade para mulheres e crianças no resgate. Vários passageiros, inclusive da 1ª classe, como o bilionário Benjamin Guggenheim, recusaram-se a entrar nos botes salva-vidas até que todas as mulheres e crianças a bordo fossem resgatadas.
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